PASTOR PRESO EM FLAGRANTE POR RACISMO.

O Pastor da Assembléia de Deus de Belém do Pará, Petrônio Alves da Silva foi preso em flagrante acusado de racismo e injúria associada à discriminação racial. O caso ocorreu ontem, pela manhã, no Aeroporto Internacional de Belém, em um guicê da companha aérea Transportes Aéreo Marília (TAM),  quando o acusado fazia o "check-in" para viajar para Brasília e ofendeu a agente de aeroporto Ana Brenda da Costa Ribeiro. "Levei denúncia até o fim e que isso sirva de lição a ele e outras pessoas sobre como tratar o ser humano, independente da raça ou da cor" justifica.

Ana Brenda contou à imprensa que o movimento no guichê estava tranqüilo, aquele o único vôo do horário, quando chegou a vez do Pastor Petrônio, que estava acompanhado da esposa e filhos. Ao se dirigir à funcionária, ele mostrou as bagagens e as malas foram postas na balança para a pesagem.

Ao ser informado por Ana Brenda sobre os 17 quilos a mais do que é estipulado como limite para cada passageiro, Petrônio, que também tem a pele escura, questionou a cobrança pelo excesso de forma ofensiva. "Ele disse: "porque eu vou pagar se eu já paguei? Porque eu pagaria para você, uma neguinha folgada". Eu continuei o atendimento e depois chamei a Polícia Federal", relatou a vítima.
Os agentes da Polícia Federal encaminharam o caso para a Delegacia de Polícia Civil do Aeroporto e a queixa foi registrada pela delegada de plantão, Ana Guedes. Durante toda a manhã de ontem, a policial e sua equipe colheram depoimentos da vítima, testemunhas e do acusado.

DISCRIMINAÇÃO

Embora arredio no primeiro momento, Petrônio ao sair da delegacia conversou com os jornalistas que aguardavam o desenrolar da ocorrência, no saguão do Aeroporto Internacional de Belém. O acusado disse que também sofreu discriminação. "Houve discriminação de negro para negro sim, por parte dela. Desde que eu cheguei ela não me atendeu de maneira correta. Nem olhou na minha cara", reclamou.

Petrônio negou ter chamado Ana de "neguinha folgada", como ela disse à delegada e duas testemunhas confirmaram. "Não chamei em hipótese nenhuma isso a ela. ela está mentindo. Aliás, eu fui ofendido", sustentou ele, sem dizer que tipo de ofensa.

Embora tenha negado a ofensa, a vítima manteve as acusações respaldadas por testemunhas e Petrônio foi preso em flagrante, de acordo com a delegada Ana Guedes. Ela explica que o caso se enquadra como injúria qualificada e no crime de racismo, previsto no artigo 20 da Lei nº 7.716/89. Após os procedimentos legais, o pastor Petrônio foi encaminhado para a carceragem da Seccional da Sacramenta.
O crime de racismo prevê pena de dois a

cinco anos e é inafiançavel. Petrônio s´p ser solto por ordem da Justiça.

Fonte: ORM / Escândalo da Graça

Resto do Post