A história do técnico de informática e professor de coral de uma igreja evangélica que supostamente aliciava adolescentes para participar de um clã ninja em que os jovens eram molestados movimentou a região de Taquara, no bairro de Jacarepaguá.

Irmã de um dos jovens identificados pela polícia como participante do clã ninja, X. ainda está chocada com a história. O grupo seria comandado por Daniel Pinheiro da Cruz, de 30 anos, acusado de molestar sexualmente um adolescente de 15 anos e ameaçar outro, de 17. – Nós todos ficamos assustados. Ele era professor do coral da igreja, quem iria imaginar uma coisa dessas? Segundo ela, seu irmão contou que lhe disseram que Daniel teria feito uma lista com os próximos adolescentes a serem molestados, entre eles seu irmão de 16 anos, Y., que participa do coral. Para Y., que descobriu a história pelos jornais, é difícil saber o que pensar. – Mas deve ser verdade. Conheço os garotos que testemunharam.

Eles não mentiriam, ainda mais na igreja. Irmã defende Daniel Muito triste com a situação, a irmã de Daniel, Miriam da Cruz, explica que ele ganhou o apelido ninja negro ainda no colégio, com 16 anos, e diz que nada do que foi dito tem fundamento.-Ele foi preso sem provas. A mãe do primeiro rapaz que testemunhou
implicou com o meu irmão -, afirma. Filhos de um pastor, ela diz que a vida do irmão era a igreja. – É uma injustiça não terem apoiado ele. Alguns vizinhos de Daniel, que preferiram não se identificar, o descrevem como uma pessoa calma e reservada. – Nós nunca ouvimos nada. 

Ele era uma pessoa acima de qualquer suspeita. Tenho filhos, se suspeitasse de alguma coisa seria a primeira a denunciar -, afirma uma vizinha. O jovens molestados pertenciam a um coral de uma igreja evangélica em Taquara, coordenado por Daniel. Ele foi afastado do culto e teve prisão temporária decretada pela Justiça, além de ser indiciado por estupro e ameaça. Se condenado, pode pegar até dez anos e seis meses de prisão.

EXTRA / Portal Padom