General John Shehaan
Americano acusa gays holandeses pela pior matança da guerra da Bósnia
O General americano do corpo de Marines e ex-comandante da Otan, John Shehaan, afirmou, na noite de quinta-feira no Congresso, que a incapcidade de soldados holandeses da Força de Paz da ONU de impedir o massacre de Srebrenica em 1995, pode ser explicada, em parte, pela presença de homossexuais em suas fileiras, conclusões qie foram vigorosamente rejeitadas pela embaixada da Holanda nos Estados Unidos.
John Shehaan falou sobre o assunto durante uma audiência no Parlamento dedicada à lei batizada de "Don't ask, don't tell" ("Não pergunte, não diga", numa tradução literal), que impõe aos militares homossexuais americanos não revelar sua orientaçãi sexual e a qual o presidente Barack Obama prometeu revogar.
Após a queda da União Soviética, "países como a Bélgica ou Holanda acreditavam que não havia mais necessidade de forçãs de combate", o que acarretou uma "liberalização de suas forças armadas, aí compreendida a abertura a homossexuais declarados, com as tropas mais concentradas nas operações de manutenção da paz", declarou o general da reserva. "Em consequência, as forças armadas estavam mal preparadas para a guerra", destacou, citando o exemplo de Srebrenica (leste da Bósnia).
"Quando os holandeses receberam ordens de defender Srebrenica contra os sérvios, o batalhão estava mal equipado, debilmente dirigido. Os sérvios chegaram, algemaram os soldados e os amarraram a postes telefônicos ordenando sua execução", contou o general quatro estrelas.
Segundo ele, o comandante do Estado-Maior do Expercito holandês na época disse a ele que a presença do soldados homossexuais no batalhão representava "uma parte do problema".
Corpos achados em valas comuns após massacre de Srebrenica, em abrigo na Bósnia; general culpa soldados gays
No dia 11 de Julho de 1995, cerca de 8.000 homens e jovens muçulmanos fora mortos ´pós a tomada do enclave bósnio de Srebrenica pelas forças sérvias da Bósnia, apesar da presença dos Capacetes Azuis holandeses enviados pela ONU para proteger os civis. A embaixadora da Holanda em Washington, Renée Jones-Bos, protestou calorosamente contra essas alegações.
"A missão militar de soldados holandeses da Onu em Srebrenica foi estudada e avaliada de forma exaustiva em nível nacional e internacional. Nada nos relatórios sugere uma ligação entre os homossexuais que serviam ao exército e o massacre de muçulmano bósnios", escreveu ela na nota. "Estou orgulhosa do fato de gays e lésbicas servirem há décadas nas forças armadas holandesas, como é o caso atualmente, no afeganistão"!, acrescentou.
O senador americano Carl Levin, presidente da Comissão de Defesa, também mostrou-se indignado com as alegações do general Shehaan.
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Sambora Williams
Fonte: Oliberal
Video: Youtube
Notícias Pelo Mundo
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