Vou tentar escrever algo sobre esse assunto pois tenho visto muitos exageros e erros da parte protestante e da parte dos homossexuais. Com este artigo, não quero fechar a questão, mas clarear um pouco o debate.
Vemos na História vários exemplos de homens e mulheres de Deus intervindo para um direito que priorize a vida e a todos. A lei sobre a jornada de 8 horas de trabalho, por exemplo, foi proposta por um pastor evangélico na Inglaterra, os movimentos sindicais vieram dos cristãos, a profissão de enfermeira e a cruz vermelha também. Entre muitos outros exemplos, eles queriam fazer a diferença para todos.
No Brasil, o protestantismo lutou por muito tempo por um estado laico, por leis para todos os brasileiros!
A primeira igreja evangélica de brasileiros no Brasil, “Igreja Evangélica Congregacional Fluminense” colocou em seu estatuto que qualquer proprietário de escravos teria que alforriar seus escravos antes de se tornar um membro da igreja.
Antes, se alguém não fosse católico, não tinha DIREITO a carteira de identidade ou a ser enterrado em um cemitério.
As escolas evangélicas vieram para o Brasil com bolsas para os mais pobres, e eram acusadas de promíscuas por deixarem homens e mulheres estudarem juntos.
Mesmo os evangélicos não querendo que, em suas igrejas, os cristãos se divorciassem, lutaram dos anos 1930 aos 1960 pelo direito ao divórcio, pois a indissolubilidade matrimonial é um dogma Católico Romano que não podia ser imposto aos protestantes, judeus e outras crenças. O projeto do direito ao divorcio entrou câmara dos deputados por um deputado presbiteriano.
Depois disso tivemos uma terrível ditadura onde perdemos muito de nossa identidade protestante e passamos a pensar que política e cristianismo não são compatíveis. E vendo alguns políticos “evangélicos”, caio na tentação de quase acreditar nessa mentira também.
Hoje, vendo a luta do movimento LGBTT, lendo a PL122 e pensando no nosso compromisso cristão por uma sociedade para todos com as leis laicas, penso que o direito ao casamento (união estável), a herança e outros direitos civis dos homossexuais deveriam ser garantidos por lei e defendidos por nós protestantes, pois se sofremos um preconceito no passado por leis baseadas na fé dos “outros” que iam contra os nossos direitos, por que agora que temos voz garantida não vamos lutar pelos outros?
O Estado deve continuar sendo laico e as leis devem garantir o direito a todos, sejam eles LGBTT ou héteros. Nós evangélicos deveríamos ser a voz em defesa (dos direitos legais) dos homossexuais que são agredidos nas esquinas todos os meses em nosso país.
Se fizéssemos isso, não teríamos que enfrentar o problema de um projeto de Lei absurdo (PL122) que trata a homossexualidade não com uma escolha, assim como eu escolhi ser evangélico, e sim como algo natural como cor de pele, idade, nacionalidade.
Ninguém escolhe ser negro ou branco, ser idoso ou criança, índio ou africano, mas temos o direito, pelo Estado, de escolher a nossa religião e a nossa opção sexual. E ambas devem ser tratadas como uma escolha, onde podemos contestar, criticar, discordar, mas SEMPRE respeitar.
Esta lei tenta corrigir um erro histórico contra a classe LGBTT, mas cai em outro erro por querer amordaçar o direito de simplesmente falar: Eu não acho que a opção homossexual seja uma opção correta para a vida, mas respeito qualquer um que optar por este caminho”.
No fim das contas, não sei se toda esta discussão é porque nós cristãos não estamos fazendo a nossa parte e lutando para o direito de todos: o de escolher livremente a sua opção sexual e o de falar que discorda!
Fonte: Marcos Botelho
Homofóbia,
Homossexualidade
Eu acho que o autor devería ler essa PL122 antes de trazer qualquer comentário, pois pelas suas palavras não leu a mesma, que os homossexuais tem direitos isso é obvio pois os mesmos são cidadãos, e os direitos que eles tem são os mesmos que os nossos heterossexuais, o que não aceitamos é essa preferência, para se fazer uma léi que os coloca como uma raça superior,dando preferência a minoria em detrimento a maioria, que não se pode matar, agredir, ter preconceito, isso já consta na léi, só que é para todos e não para um grupo em especial, se passar essa léi se pode falar de tudo, Deus ,Presidente Pastor,time de futebol, do diabo, de quem quiser mais não se pode falar nada dos gays pois pode ser preso,cade o meu direito de livre expressão, segundo essa léi todo gay é competente, pois se mandar alguem embora do emprego, se ele der queixa dizendo que foi descriminado por ser gay a pessoa vai preso, diga não a Pl122 pois é uma léi Heterofóbica.
Sidnei, além de ler a PL122, interprete-a. Ela, se aprovada não será superior à constituição. Ela pretende alterar a lei de racismo, que já existe e não faz dos negros raça superior. O que não se pode é desumanizar os negros discriminando-os e chamando-os de macaco, por exemplo. Um negro, não deixa de ser demitido apenas por ser negro. Se comete falta de será demitido, negro ou não. A PL22 apenas tenta incluir os homossexuais nesse grupo. Pois sabemos que tem gente que demite pessoas apenas por descobrir que são homossexuais. Mas claro, que assim como os negros, se os homossexuais cometem faltas graves poderão ser demitidos. Isso é tão óbvio, que basta ler e interpretar.
Concordo em parte com artigo. Da mesma forma. Não acho que será impossível tratar a questão da sexualidade como escolha. Mas talvez se proíba o discurso de ódio que vemos por em algumas de nossas igrejas. O discurso de Jesus é do amor. Dizer que a prática homossexual é pecado não é homofobia. Homofobia é tratar uma pessoa mal apenas por ser homossexual. Poderemos dizer como Jesus: "vá e não peques mais". Mas se a pessoa continuar em pecado não poderemos atirar-lhes pedra, pq não foi o exemplo que Jesus nos deu. Simples assim.
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