A freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Parkinson e foi curada por um milagre realizado pelo papa, estará presente

Dezenas de milhares de pessoas estão neste sábado no Circo Máximo de Roma para a vigília da beatificação de João Paulo II. Na cerimônia, discursam o seu secretário particular Stanislaw Dziwisz, seu antigo porta-voz, o espanhol Joaquín Navarro Valls, e a freira francesa Marie Simon-Pierre.

Para chegar à beatificação, foi suficiente provar que João Paulo II intercedeu na cura inexplicável para a ciência humana de Marie Pierre, que sofria de Parkinson, o mesmo mal que devastou sua saúde. 



Apesar da chuva que caiu durante a tarde, os fiéis - entre eles milhares de poloneses - desafiaram o mau tempo e lotam o famoso recinto romano utilizado para corridas de carros.


A vigília começou com um vídeo do ano 2000 de João Paulo II durante a Jornada Mundial da Juventude de Roma e prosseguiu com o canto de Jesus Christ you are my life, interpretado pelo Coro de da Diocese de Roma e da Orquestra do Conservatório de Santa Cecilia. 

Fiéis - A Cidade Eterna se transformou para a ocasião, com centenas de cartazes em ônibus, ruas, praças e edifícios públicos com a inscrição "Beatus!" acompanhada da foto do pontífice polonês. Como já é tradicional, o Vaticano minimizou os números e anunciou que cerca de 300.000 a 500.000 fiéis assistirão à cerimônia.


As autoridades da capital adotaram um esquema especial de segurança para o evento, do qual participarão 16 chefes de Estado, além de representantes de 87 delegações estrangeiras. O polêmico presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, proibido pela União Europeia (UE) de entrar em seu território desde 2002 por violações dos Direitos Humanos, já desembarcou em Roma para acompanhar a cerimônia. Na lista de personalidades estão vários príncipes e reis, como os monarcas da Bélgica, Alberto e Paola, e os príncipes da Espanha, Letizia e Felipe.


O novo beato, que está entre os papas que mais tempo ocuparam o trono de Pedro, transformou a face da Igreja em quase 27 anos de pontificado. Muitos esperam que na Praça São Pedro sejam exibidas novamente faixas pedindo "Santo Subito!" (santo já), como ocorreu durante seu funeral, em abril de 2005, um dos maiores já realizados para um pontífice. A beatificação do Papa polonês, que faleceu no dia 2 de abril de 2005, aos 84 anos, é o passo anterior à canonização e acontece em tempo recorde, inferior aos cinco anos normalmente necessários para iniciar o processo.

O caixão de João Paulo II foi levado na sexta-feira de sua sepultura nas grutas do Vaticano para a tumba de São Pedro, a poucos metros, para passar o domingo na nave principal da basílica vaticana, onde será exposto no domingo para a beatificação e posterior veneração dos fiéis. Na segunda-feira à noite, o caixão será colocado definitivamente na capela de São Sebastião, ao lado de onde está localizada a célebre estátua Pietà de Michelangelo, na ala direita da Basílica de São Pedro.

(Com agências EFE e France-Presse)
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